Core Web Vitals – Entenda os sinais vitais do seu portal de notícias

Você investe em conteúdo, SEO, redes sociais… mas e a experiência de quem acessa o seu portal?

O Google, seus leitores e os anunciantes se importam — e muito — com o desempenho do seu site.

Se ele demora para carregar, trava ou apresenta problemas de navegação, você perde audiência e dinheiro.

 

Sumário

O que são os Core Web Vitals?

Core Web Vitals é o conjunto de métricas criado pelo Google para medir, com dados reais de usuários, a qualidade da experiência em uma página da web.

Pense neles como sinais vitais de um paciente: batimento, respiração, pressão arterial.
Se algum deles está fora do normal, algo precisa de atenção.

O Google usa esses dados para avaliar seu site e definir:

  • Seu posicionamento nos resultados de busca
  • A visibilidade de suas páginas no Google Discover
  • O custo e desempenho da mídia programática exibida no seu portal

Desde 2023, o conjunto de métricas mais relevantes inclui 6 sinais vitais.

Vamos entender cada um deles.

1. Largest Contentful Paint (LCP) – Velocidade para carregar o conteúdo principal

O que é:
Mede quanto tempo demora para o maior elemento principal da página aparecer na tela. Pode ser uma imagem grande, um título ou um bloco de texto.

Por que importa:
É o que o usuário mais espera: ver logo a matéria que ele clicou para ler. Se o conteúdo demora a aparecer, ele sai. E o Google entende isso como um sinal negativo.

Meta ideal:
Menos de 2,5 segundos.

Como melhorar:

2. First Input Delay (FID) – Tempo de resposta à primeira ação do usuário

O que é:
Mede o tempo entre a primeira ação do visitante (ex: clique ou toque) e a resposta do site.

Por que importa:
Se a página carrega, mas os botões ainda não funcionam ou demoram a responder, o usuário se frustra.

Meta ideal:
Menos de 100 milissegundos.

Como melhorar:

  • Reduza o uso de JavaScript pesado
  • Priorize scripts essenciais
  • Carregue elementos interativos depois do conteúdo principal

3. Cumulative Layout Shift (CLS) – Estabilidade visual

O que é:
Mede o quanto os elementos da página “pulam” enquanto o site carrega. Sabe quando você tenta clicar e o botão muda de lugar? Isso é CLS.

Por que importa:
É frustrante. E afeta a confiança do leitor.

Meta ideal:
Menor que 0,1.

Como melhorar:

  • Defina sempre tamanhos fixos para imagens e banners
  • Evite carregamento dinâmico que muda a posição dos elementos
  • Ajuste fontes personalizadas para carregarem corretamente

4. Interaction to Next Paint (INP) – Interatividade total do site

O que é:
Substituto mais preciso do FID, o INP mede a maior demora entre a interação do usuário e a resposta completa da página, ao longo de toda a navegação.

Por que importa:
Enquanto o FID avalia só a primeira interação, o INP observa todas. Ou seja, ele oferece uma visão mais real do quão “travado” seu site está.

Meta ideal:
Menor que 200 milissegundos.

Como melhorar:

  • Minimize tarefas longas de JavaScript
  • Divida o carregamento de elementos em partes
  • Reduza scripts de terceiros sempre que possível

5. Time to First Byte (TTFB) – Quando o servidor começa a reagir

O que é:

O Time to First Byte (TTFB) mede o tempo que o navegador do usuário leva para receber o primeiro byte de informação depois de fazer uma solicitação ao servidor.

É como se você ligasse para um restaurante e o tempo que demora até alguém atender e dizer “alô” fosse o TTFB. Ainda não fizeram seu pedido, mas ao menos alguém começou a te atender.

Na internet, isso começa quando o visitante acessa seu site — o navegador envia uma requisição, e o servidor precisa começar a responder. Se o servidor demora muito para reagir, tudo o que vem depois também atrasa.

Por que isso é importante:

Um TTFB alto significa que seu servidor está lento para começar a trabalhar.
E isso pode ser um reflexo de:

  • Infraestrutura sobrecarregada
  • Hospedagem compartilhada mal configurada
  • Código do site pesado
  • Falta de cachê ou otimizações básicas

Mesmo que sua página esteja bem desenvolvida, se o servidor “acordar devagar”, o carregamento geral será prejudicado — o que afeta todas as outras métricas do Core Web Vitals e a experiência do usuário.

Regra prática: quanto mais rápido seu site começar a responder, maior a chance do usuário continuar navegando — e do Google te posicionar melhor.

Meta ideal:

  • Menos de 800 milissegundos (0,8 segundos)
  • Excelente: abaixo de 300 ms
  • Ruim: acima de 1 segundo

Como melhorar o TTFB na prática:

1. Use servidores otimizados e próximos do seu público

A geolocalização do servidor influencia diretamente no tempo de resposta.
Se o seu portal atende majoritariamente um público no Brasil, mas seu servidor está nos EUA ou na Europa, o tempo de ida e volta da requisição será maior.

Servidor otimizado significa:

  • Infraestrutura com boa capacidade de CPU, memória e I/O
  • Banco de dados bem configurado
  • PHP atualizado e com OPcache ativo
  • Hospedagem que não divide o mesmo IP e recursos com centenas de sites desconhecidos

Dica prática:
Evite hospedagens baratas e genéricas. Prefira servidores dedicados, VPS bem configurados ou parceiros especializados em performance para WordPress e portais de conteúdo.

2. Implemente cache de página e de navegador

Cache é um recurso que armazena versões prontas do seu site para evitar que ele precise ser “montado do zero” a cada visita.

  • Cache de página: salva a estrutura HTML da página e entrega mais rápido para visitas repetidas.
  • Cache de navegador: faz com que o visitante use arquivos salvos localmente (como logo, fontes e CSS), acelerando o carregamento nas próximas visitas.

Sem cache, cada clique do usuário exige que o servidor rode tudo novamente: PHP, banco de dados, construção do layout. Isso consome tempo e recursos.

Ferramentas úteis:

  • WP Rocket, LiteSpeed Cache, W3 Total Cache (para WordPress)
  • Redis ou Varnish (para portais maiores)
  • Regras de cache corretamente configuradas via .htaccess ou nginx

3. Utilize um CDN (Content Delivery Network)

Um CDN é uma rede de servidores espalhados pelo mundo que guarda cópias do seu site. Quando um visitante acessa seu portal, ele é atendido pelo servidor mais próximo fisicamente, diminuindo o tempo de resposta.

Exemplo prático:
Seu site está hospedado em São Paulo, mas alguém no Nordeste acessa. Com CDN, essa pessoa pode ser atendida por um servidor em Recife ou Salvador, reduzindo a latência.

Além disso, a CDN:

  • Reduz a carga sobre o servidor principal
  • Garante estabilidade durante picos de acesso
  • Protege contra ataques DDoS

Leia mais:

O que é o CDN – O Guia Completo sobre Distribuição de Conteúdo

Melhorar o Time to First Byte é como colocar seu portal em forma.

A resposta rápida do servidor é o primeiro passo para ganhar a confiança do usuário e do Google.

Um site que começa bem, termina melhor. E converte mais.

6. First Contentful Paint (FCP) – Quando aparece o primeiro conteúdo

O que é:
Mede quanto tempo leva até qualquer conteúdo visível (texto, imagem, fundo) aparecer para o usuário.

Por que importa:
É o primeiro “sinal de vida” da página. Quanto mais rápido ele aparece, mais confiança e expectativa o usuário tem de que o site está carregando.

Meta ideal:
Menos de 1,8 segundos.

Como melhorar:

  • Priorize o carregamento do conteúdo acima da dobra
  • Elimine bloqueios de renderização (CSS e JS)
  • Pré-carregue fontes e elementos essenciais

Conclusão: Um portal mais rápido é um portal mais forte

Você não precisa ser desenvolvedor para entender:
velocidade, estabilidade e fluidez são essenciais para qualquer site — e isso vale dobrado para portais de notícias, onde cada segundo conta.

Os Core Web Vitals mostram onde estão os gargalos e dão direção para melhorar.
Ao cuidar dessas métricas, você melhora sua posição no Google, aumenta o tempo de permanência, reduz a rejeição e melhora a performance de anúncios.

Comece hoje mesmo: